Ao assistir La La Land pela primeira vez, fiquei encantado pela forma como Damien Chazelle conseguiu unir drama e música em um só filme. A história é centrada no romance entre Mia, aspirante a atriz, e Sebastian, pianista de jazz, que buscam alcançar seus sonhos em Los Angeles. A trama se desenvolve de maneira intensa e envolvente, com cenas musicais memoráveis e uma química incrível entre os atores Emma Stone e Ryan Gosling.

Além da atuação impecável do elenco, a direção de arte e a fotografia são elementos que enriquecem a produção. As cenas são coloridas e vibrantes, remetendo aos musicais clássicos de Hollywood. A trilha sonora composta por Justin Hurwitz é outro ponto forte do filme, repleta de músicas marcantes que ficam na cabeça por dias.

Apesar de ter sido muito elogiado pela crítica e pelas premiações, La La Land perdeu a estatueta de Melhor Filme para Moonlight, em uma cena memorável de confusão na entrega do prêmio. Apesar da tristeza inicial, acabei entendendo o motivo da escolha da Academia.

Moonlight é uma obra-prima do cinema independente americano, dirigido por Barry Jenkins. O filme se divide em três capítulos que retratam a infância, adolescência e vida adulta de um jovem negro, Chiron, que cresce em uma comunidade pobre de Miami. A história aborda temas profundos como preconceito, identidade sexual e relação familiar, com atuações excepcionais de Mahershala Ali, Naomie Harris e Ashton Sanders.

Ao assistir Moonlight, fiquei emocionado com a profundidade da história e a sensibilidade da direção. O filme tem uma estética mais sombria e realista, que condiz com a atmosfera da periferia de Miami, e a trilha sonora minimalista de Nicholas Britell cria um clima ainda mais intenso. A escolha da Academia por Moonlight como Melhor Filme foi justa e honrada, pois é um trabalho que traz à tona questões relevantes e necessárias para a discussão da sociedade atual.

Por mais que tenha torcido por La La Land, reconheço que Moonlight foi a escolha certa para a premiação. Ambos os filmes são obras primas do cinema contemporâneo, com visões diferentes e complementares sobre o mundo que vivemos. O Oscar é importante não apenas pelo glamour e pelo entretenimento, mas pela oportunidade de reconhecermos o trabalho de grandes artistas que nos emocionam e nos inspiram.

Em resumo, o Oscar 2017 foi um momento marcante para o cinema, com filmes incríveis que nos levam a refletir sobre a vida e a arte. O meu filme favorito, La La Land, me encantou pela união da música e do drama, mas Moonlight foi outro filme que me tocou profundamente pela sua sensibilidade e relevância social. O importante é que ambos os filmes foram agraciados com premiações merecidas, e tiveram um impacto positivo na história do cinema.